quinta-feira, agosto 06, 2009

Um castelo com ameias

Uma cidade sitiada
de muros e esquinas,
curvas impossíveis de avançar.
A velha muralha a encerrar-te o corpo,
moído de ventos
e incompreensão.

Noutro tempo, talvez,
as tuas mãos,
uma guitarra,
um castelo com ameias
e o teu corpo a gritar
na agitação das marés.

O teu corpo, sempre,
lugar de viagem e retiro,
murmúrio atravessado na cidade.


Poema que me veio à ideia ao dar nome a uma foto

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