Curta fuga, em solidão, para o quarto. Sento-me na varanda a comer bolachas, pés apoiados no varão aproveitando uma nesga de sol sobre as pernas, mantendo o restante corpo à sombra. Ainda não tinha parado ali o tempo suficiente para perceber quão agradável é um fim de tarde num 9º andar, a ver o mar lamber a praia e os barcos erguendo à sua passagem uma fiada de espuma. Duas lanchas e um pequeno veleiro alcançam a costa, o veleiro parece em apuros com o seu pequeno tamanho, maltratado pelas ondas erigidas pelas lanchas. Era só impressão minha, tudo corre bem com as três embarcações, sou apenas eu a imaginar o meu enjoo caso estivesse a bordo da barcaça.
São 18H30. O telemóvel transformou-se num instrumento útil para ver as horas. Em todo o período de férias apenas duas pessoas me ligaram – uma amiga a querer saber de mim e das minhas férias e dando-me conta das suas que terminavam e uma outra, esta mais por uma aflição que compreendo do que propriamente por saudades minhas. Noutros anos era mais animado e ruidoso, penso que devo estar a perder amigos ou talvez eles se estejam a perder de mim. Dantes acreditava que voltavam sempre, agora não tenho tanta segurança. É um dos óbices de não se “pertencer à manada”, toleram-me mas não me amam, logo não me sentem a falta!
São 18H30. O telemóvel transformou-se num instrumento útil para ver as horas. Em todo o período de férias apenas duas pessoas me ligaram – uma amiga a querer saber de mim e das minhas férias e dando-me conta das suas que terminavam e uma outra, esta mais por uma aflição que compreendo do que propriamente por saudades minhas. Noutros anos era mais animado e ruidoso, penso que devo estar a perder amigos ou talvez eles se estejam a perder de mim. Dantes acreditava que voltavam sempre, agora não tenho tanta segurança. É um dos óbices de não se “pertencer à manada”, toleram-me mas não me amam, logo não me sentem a falta!
Sem comentários:
Enviar um comentário