A crónica de segunda de hoje é de primeira. Primeira qualidade, não da crónica, enfermando da autora do costume e por isso acomodada à segunda-feira e com ela apelidada de segunda, mas pelo tema que hoje a preenche que é gente de primeira.
Ainda ontem me desgastava tentando vislumbrar uma luz que me levasse a escrever sobre outro tema que não fosse a crise que nos é imposta – isto era um trocadilho – as inconsistências do primeiro ministro do antes e depois das eleições, os desmandos, disparates e dislates do “buraco negro” da Madeira ou pior ainda sobre as minhas próprias inconsistências proto-filosóficas sobre o mundo em geral e o meu pequeno reduto em particular.
Devo então ao Google a ideia para esta crónica já que ao abri-lo deparei com uma bonita homenagem a Freddie Mercury que faria hoje, nesta segunda, 65 anos. Veio a calhar o Google e Farookh Bulsara (nome real do zanzibariano Freddie) por me trazer inteiro um dos belos exemplares de um homem feito de música.
No mundo da música há entre os músicos os executantes, os iniciados, os talentosos, os que não têm talento nenhum, os encostados, os esforçados e há também uma “raça” à parte de gente de primeira, gente única, rara e genial, são os homens feitos de música – Freddie Mercury era um deles. Os homens feitos de música respiram música, transpiram música, são música eles próprios, como algo de intangível mas que se sente, como uma luz que transportem, algo mais alto. A música não é para eles profissão senão de fé, não é uma obrigação mas uma imperiosidade, são eles próprios uma espécie de poema itinerante.
Os homens feitos de música conhecem-se no palco, pela aura que emitem, pelos gestos que enfeitiçam o público e o fazem render em moles imensas vergadas à sua magia, transportando-o ao sonho.
Freddie tinha tudo isto de sobra, viveu a vida das rock stars sem conhecer, dizia-o ele, a constância afectiva, talvez compensasse essa ausência em música. Morreu-nos com apenas 45 anos, com a dignidade possível a uma rock star vítima de SIDA, serenamente na sua casa, 24 horas depois de tornar pública a doença, imediatamente antes dos abutres mediáticos terem oportunidade de lhe abocanharem o corpo. E ele tinha tanta, morreu com tanta… música no corpo.
God bless you Freddie, wherever you may be.
Ainda ontem me desgastava tentando vislumbrar uma luz que me levasse a escrever sobre outro tema que não fosse a crise que nos é imposta – isto era um trocadilho – as inconsistências do primeiro ministro do antes e depois das eleições, os desmandos, disparates e dislates do “buraco negro” da Madeira ou pior ainda sobre as minhas próprias inconsistências proto-filosóficas sobre o mundo em geral e o meu pequeno reduto em particular.
Devo então ao Google a ideia para esta crónica já que ao abri-lo deparei com uma bonita homenagem a Freddie Mercury que faria hoje, nesta segunda, 65 anos. Veio a calhar o Google e Farookh Bulsara (nome real do zanzibariano Freddie) por me trazer inteiro um dos belos exemplares de um homem feito de música.
No mundo da música há entre os músicos os executantes, os iniciados, os talentosos, os que não têm talento nenhum, os encostados, os esforçados e há também uma “raça” à parte de gente de primeira, gente única, rara e genial, são os homens feitos de música – Freddie Mercury era um deles. Os homens feitos de música respiram música, transpiram música, são música eles próprios, como algo de intangível mas que se sente, como uma luz que transportem, algo mais alto. A música não é para eles profissão senão de fé, não é uma obrigação mas uma imperiosidade, são eles próprios uma espécie de poema itinerante.
Os homens feitos de música conhecem-se no palco, pela aura que emitem, pelos gestos que enfeitiçam o público e o fazem render em moles imensas vergadas à sua magia, transportando-o ao sonho.
Freddie tinha tudo isto de sobra, viveu a vida das rock stars sem conhecer, dizia-o ele, a constância afectiva, talvez compensasse essa ausência em música. Morreu-nos com apenas 45 anos, com a dignidade possível a uma rock star vítima de SIDA, serenamente na sua casa, 24 horas depois de tornar pública a doença, imediatamente antes dos abutres mediáticos terem oportunidade de lhe abocanharem o corpo. E ele tinha tanta, morreu com tanta… música no corpo.
God bless you Freddie, wherever you may be.
2 comentários:
Gostei imenso do que li. Parabéns!
GREAT!
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