Não sei se é de ser Agosto, suposta silly-season, se é deste Verão envergonhado em que dias há que parece quase Outono ou se é de mim, mas esta crónica é melancólica, é uma melancrónica portanto.
Há alturas em que uma sucessão de pequenas coisas se juntam numa grande lembrança, memórias de um tempo passado que nos arrastam pesados para a melancolia. Um reencontro com uma colega de trabalho que não víamos há uma eternidade a refazer, num repente, uma época e um local que já não existem, pequenas estórias com personagens comuns de quem nos fomos afastando; o tornar a um lugar que já só existe como uma sombra de passado mas que traz imagens e odores que nos são tão familiares; o tornar a um livro lido há tantos anos que nos faz lembrar das suas primeiras leituras e um conjunto de afectos tão velhos como ele próprio a desfazer-se em lembranças, poema a poema, frase a frase, de um tempo que já não é. E de repente começamos a refazer uma velha história de gente e lugares que parecem agora fora do sítio, um chorrilho de recordações, algumas dispersas e ténues, outras mais firmes e precisas como se não tivesse passado tempo algum, tudo junto completando um puzzle em tons desmaiados, peça a peça nas pontas dos dedos a refazer a fotografia a sépia.
Podemos nós fazer caminho e libertarmo-nos daqueles que antes foram tão próximos, tão íntimos, tão dentro do coração? Ou ficarão as memórias perenemente n um nicho escondido à espera da melhor oportunidade para nos importunarem e trazer-nos de volta a um Verão passado, tão passado que é já Outono e começamos, de olhar triste a ver as folhas caírem da nossa árvore privada, uma a uma, lentamente, devagar, como um Outono deve ser.
Há alturas em que uma sucessão de pequenas coisas se juntam numa grande lembrança, memórias de um tempo passado que nos arrastam pesados para a melancolia. Um reencontro com uma colega de trabalho que não víamos há uma eternidade a refazer, num repente, uma época e um local que já não existem, pequenas estórias com personagens comuns de quem nos fomos afastando; o tornar a um lugar que já só existe como uma sombra de passado mas que traz imagens e odores que nos são tão familiares; o tornar a um livro lido há tantos anos que nos faz lembrar das suas primeiras leituras e um conjunto de afectos tão velhos como ele próprio a desfazer-se em lembranças, poema a poema, frase a frase, de um tempo que já não é. E de repente começamos a refazer uma velha história de gente e lugares que parecem agora fora do sítio, um chorrilho de recordações, algumas dispersas e ténues, outras mais firmes e precisas como se não tivesse passado tempo algum, tudo junto completando um puzzle em tons desmaiados, peça a peça nas pontas dos dedos a refazer a fotografia a sépia.
Podemos nós fazer caminho e libertarmo-nos daqueles que antes foram tão próximos, tão íntimos, tão dentro do coração? Ou ficarão as memórias perenemente n um nicho escondido à espera da melhor oportunidade para nos importunarem e trazer-nos de volta a um Verão passado, tão passado que é já Outono e começamos, de olhar triste a ver as folhas caírem da nossa árvore privada, uma a uma, lentamente, devagar, como um Outono deve ser.
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