quinta-feira, abril 29, 2010

Sobre a lua e outras maluquices


Escrevi isto em 2002, vejam só, 2002! Vejam lá para o que me havia de dar!

O luar


A lua era o quarto minguante
na rua que qual quimera
se apagou no teu semblante
e se fez fogo, espada, fera!

A lua era uma maga
de bruxedo triunfante
e é a lua quem te apaga
e te acende a cada instante.

A lua veio liberta
contar-me histórias banais
pôs-me a vida tão deserta
fez-me as horas tão iguais.

A lua não perguntou
nem quis ter hora marcada,
veio entrando e em mim entrou
deixou-me a alma penada.

A lua é uma vingança
que me deixa o teu olhar
que ao mirar-me adia a esperança
que eu tenho de te encontrar.

A lua já nem existe
estou eu só a imaginar
que qualquer luar é triste
se nele não te divisar.

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