quarta-feira, outubro 29, 2008

"Quem me leva os meus fantasmas?"

Devagar
deixei cair, sombriamente,
este poema no papel.
A carne ferida,
a pele dilacerada,
o sangue rompendo estrepitosamente as veias.

Uma luz apagada
num fundo de estrada
sem fim, sem começo
e o corpo no espelho,
se é meu
não conheço.





“Um nome arde tanto
de repente todos os caminhos parecem de regresso
a vida por si mesma não se pode escutar demasiado
a vida é uma questão de tempo
um sopro ainda mais frágil” […]
José Tolentino de Mendonça

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