Escrevi isto em 2002, vejam só, 2002! Vejam lá para o que me havia de dar!
O luar
A lua era o quarto minguante
na rua que qual quimera
se apagou no teu semblante
e se fez fogo, espada, fera!
A lua era uma maga
de bruxedo triunfante
e é a lua quem te apaga
e te acende a cada instante.
A lua veio liberta
contar-me histórias banais
pôs-me a vida tão deserta
fez-me as horas tão iguais.
A lua não perguntou
nem quis ter hora marcada,
veio entrando e em mim entrou
deixou-me a alma penada.
A lua é uma vingança
que me deixa o teu olhar
que ao mirar-me adia a esperança
que eu tenho de te encontrar.
A lua já nem existe
estou eu só a imaginar
que qualquer luar é triste
se nele não te divisar.