sexta-feira, novembro 20, 2009
Crónica inacabada do indigente que lia Kerouac
A meu lado na FNAC sentou-se um sem-abrigo, facilmente reconhecido pelo seu ar andrajoso e o cheiro sui generis a interromper-me a leitura. Uma longa e mal cuidada barba compunha o visual do meu companheiro de livraria. Sentou-se com um livro de Jack Kerouac que abriu pelo meio procurando a página onde antes, decerto, havia interrompido a leitura. Daria um bom assuntode crónica, pensei e comecei a escrever sobre este assunto. Subitamente estaquei - mas eu não escrevo crónicas! E deixei de escrever sobre isto. Mas não me importaria - pensei.
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1 comentário:
Ontem ao passar pelo Rossio,olhei para um engraxador, mt compenetrado na sua lide de leitor de um livro de Mary Higgins Clark.Estaria ele a desvendar o mistério de naquele dia cinzento, não ter sapatos a que dar brilho?
Eu estava a precisar de respirar brilho...ele é que não poderia adivinhar
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