os teus olhos,
embriaguez de alma,
usura,
insolícita virtude
dos que só sabem amar
e adormecer em silêncio.
Tanta vez parados,
os teus olhos,
no movimento que, ausente,
se assenta no remoinhar
calado do ribeiro largo
onde me deixas a afogar
Tanta vez parados,
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os teus olhos,
engrossam nuvens
sombreando a luz,
coalhada pelo tempo…
o tempo
que perdemos
…em silêncio
1 comentário:
O silêncio bem gerido é um enorme ganho de tempo.:)
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