Se perguntarem por mim
diz que não estou,
diz que parti com a brisa
numa estrada curva
para um lugar incerto
junto ao precipício.
Se perguntarem por mim
diz que eu parti,
que sulquei estradas,
vales e montanhas
até me perder
num lugar de espanto.
Se perguntarem por mim
diz que eu me fui
que rumei serena pela madrugada
procurando rios, navegando mares,
abraçada ao fogo,
junto à tempestade.
Se perguntarem por mim
diz que não me viste
desde a eternidade
em que na manhã
se incendiou a tarde.
Se perguntarem por mim
diz que eu fugi,
que errei sozinha,
frente à tempestade
sem achar caminho
de volta à cidade.
Se perguntarem por mim
diz que eu morri,
diz que me fiz pó
e cinza no mar
e que o meu sangue é chuva
que não há-de tardar.
diz que não estou,
diz que parti com a brisa
numa estrada curva
para um lugar incerto
junto ao precipício.
Se perguntarem por mim
diz que eu parti,
que sulquei estradas,
vales e montanhas
até me perder
num lugar de espanto.
Se perguntarem por mim
diz que eu me fui
que rumei serena pela madrugada
procurando rios, navegando mares,
abraçada ao fogo,
junto à tempestade.
Se perguntarem por mim
diz que não me viste
desde a eternidade
em que na manhã
se incendiou a tarde.
Se perguntarem por mim
diz que eu fugi,
que errei sozinha,
frente à tempestade
sem achar caminho
de volta à cidade.
Se perguntarem por mim
diz que eu morri,
diz que me fiz pó
e cinza no mar
e que o meu sangue é chuva
que não há-de tardar.
4 comentários:
Se perguntarem por mim, o que eu achei deste post,
Diz que fiquei por aqui, que me derreti nestas linhas.
E que ficarei por um bom tempo, quem sabe eternamente.
caí aqui vindo da nadir. vou voltar muitasvezes(isto é uma ameaça :)
Este blog vai para os meus favoritos e recomendados
Ao lê-lo surgiu-me um desenho...
tão cinza como esses paralelipípedos da calçada
SombrArredia
Isto é melhor aqui do que no telemóvel... Mas a voz..
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