A esta hora um pássaro crocita
rasgando a noite
com a sua vozita
escanada
e inquieta,
sozinho,
um pássaro na noite
enquanto eu tento
concentrar-me num poema:
uma coisa ilustre
que falasse das deambulações
da luz sobre o teu rosto
e do gosto
metálico da lua
nos teus olhos cerrados,
elucubração profunda
sobre as pontas dos teus dedos
tacteando lugares dentro de mim,
mas o pássaro insiste
em perturbar-me a noite
desequilibrando a estética,
dialética
e anacrónica do poema.
Logo hoje que eu pretendia escrever
sobre a ínfima fímbria
a descoberto no teu sorriso!
segunda-feira, janeiro 05, 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
"crocita"...e "escanada"
?
Logo 2 palavras desconhecidas do meu vocabulário?
heilás!lol
vá
vá
debruça.te sobre a fímbria ;)
Malandro..
Enviar um comentário