deixei cair, sombriamente,
este poema no papel.
A carne ferida,
a pele dilacerada,
o sangue rompendo estrepitosamente as veias.
Uma luz apagada
num fundo de estrada
sem fim, sem começo
e o corpo no espelho,
se é meu
não conheço.
“Um nome arde tanto
de repente todos os caminhos parecem de regresso
a vida por si mesma não se pode escutar demasiado
a vida é uma questão de tempo
um sopro ainda mais frágil” […]
José Tolentino de Mendonça