Não é um grande poema mas é um poema grande. O Jardim de Marques Oliveira, conhecido pelos portuenses como "Jardim de São Lazaro" é uma memória grata das tardes da minha infância feliz, onde a felicidade era uma cestinha de lanche, sol e o coreto... Tudo é tão mais fácil quando somos menos ambiciosos e quando o amor é só tudo o que temos...
Agora o "Jardim de São Lázaro" é assim...
Agora o "Jardim de São Lázaro" é assim...
Jardim de São Lázaro
O pólen,
as flores,
as estátuas,
os bancos,
os velhos,
o coreto,
as putas!
As mais doces e
indeléveis memórias
de infância,
coroas de folhas
como mantos de memórias inauditas.
Voam-me os pássaros
por sobre a caveira,
como se eu morresse ali
como a água primeira
das fontes que não há.
São estas memórias
que me lambem as feridas
e me fazem sentir ontem
no dia que hoje foi.
E se eu bramir ao vento
alguém me virá ouvir?
Decerto não, melhor é nem tentar,
mais vale desistir.
O pólen,
as flores,
as estátuas,
os bancos,
os velhos,
o coreto,
as putas!
As mais doces e
indeléveis memórias
de infância,
coroas de folhas
como mantos de memórias inauditas.
Voam-me os pássaros
por sobre a caveira,
como se eu morresse ali
como a água primeira
das fontes que não há.
São estas memórias
que me lambem as feridas
e me fazem sentir ontem
no dia que hoje foi.
E se eu bramir ao vento
alguém me virá ouvir?
Decerto não, melhor é nem tentar,
mais vale desistir.
1 comentário:
comentando sem comentar, apenas repetindo:
"E se eu bramir ao vento
alguém me virá ouvir?
Decerto não, melhor é nem tentar,
mais vale desistir."
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