Tenho vícios estranhos, admito, como aquele de precisar de estar só, a certas horas, em certos lugares, procedendo a certas actividades ou certas rotinas. Tenho uma absoluta necessidade de silêncio e solidão para me deixar ficar só a observar o mundo, mirado pela minha própria lente de aumento ou diminuição.
Às vezes acontece de, nesses momentos, ser importunada por um familiar ou um amigo e refiro-me aos amigos e familiares a quem amo, não aos chatos, às chagas que todos conhecemos, refiro-me mesmo às pessoas que mais amo, à família mais chegada e aos Amigos de á maiúsculo. Mas dizia, há vezes que uma (ou várias) dessas pessoas resolvem imiscuir-se nas minhas rotinas de solidão, insistem em acompanhar-me pela rua, em parar comigo nas mesmas montras, entrar comigo nas mesmas lojas, enfim – não me largam. Em férias, se fora de casa, o problema agrava-se. Quase sempre partilhando o hotel, o quarto, todas as refeições, a praia, a piscina, enfim, quase tudo – a privacidade fica reduzida a pequenos lampejos como seja um curto passeio a pé na redondeza, o momento em que se vai comprar o jornal ou os minutos de ir fazer xixi no quarto do hotel e, ainda assim, às vezes calha de alguém da pandilha ter a ideia abstrusa de nos acompanhar nessas idas por vontade semelhante seja a fisiológica seja a de comprar o jornal ou tomar café no bar em frente ao hotel.
Pergunto-me, às vezes, sobre a melhor forma, a menos rude, de lhes escapar, enfim, de os enxotar. Como me livrar deles sem os magoar? Será que não entendem que preciso, urgentemente, de ficar a sós comigo mesma para pensar? E em que penso eu, quando estou só? Penso nos Amigos e na Família, penso precisamente naqueles que amo. Preciso em absoluto dessa solidão para ficar a amá-los, a pensar neles. Preciso disso para escrever sobre eles, para lhes fazer um poema ou um texto tão palerma como este (e a minha absoluta e absurda necessidade de solidão).
Às vezes acontece de, nesses momentos, ser importunada por um familiar ou um amigo e refiro-me aos amigos e familiares a quem amo, não aos chatos, às chagas que todos conhecemos, refiro-me mesmo às pessoas que mais amo, à família mais chegada e aos Amigos de á maiúsculo. Mas dizia, há vezes que uma (ou várias) dessas pessoas resolvem imiscuir-se nas minhas rotinas de solidão, insistem em acompanhar-me pela rua, em parar comigo nas mesmas montras, entrar comigo nas mesmas lojas, enfim – não me largam. Em férias, se fora de casa, o problema agrava-se. Quase sempre partilhando o hotel, o quarto, todas as refeições, a praia, a piscina, enfim, quase tudo – a privacidade fica reduzida a pequenos lampejos como seja um curto passeio a pé na redondeza, o momento em que se vai comprar o jornal ou os minutos de ir fazer xixi no quarto do hotel e, ainda assim, às vezes calha de alguém da pandilha ter a ideia abstrusa de nos acompanhar nessas idas por vontade semelhante seja a fisiológica seja a de comprar o jornal ou tomar café no bar em frente ao hotel.
Pergunto-me, às vezes, sobre a melhor forma, a menos rude, de lhes escapar, enfim, de os enxotar. Como me livrar deles sem os magoar? Será que não entendem que preciso, urgentemente, de ficar a sós comigo mesma para pensar? E em que penso eu, quando estou só? Penso nos Amigos e na Família, penso precisamente naqueles que amo. Preciso em absoluto dessa solidão para ficar a amá-los, a pensar neles. Preciso disso para escrever sobre eles, para lhes fazer um poema ou um texto tão palerma como este (e a minha absoluta e absurda necessidade de solidão).
2 comentários:
Apesar de tudo, consegue!
O belo texto, de carácter confessional, e tão autêntico, é a prova de que consegue algum do seu precioso tempo para estar só consigo mesma!
Isso é bom.
Mais, a riqueza de ideias que ele encerra confere às suas palavras uma auréola de eternidade.
Um verdadeiro acto de criação!
Aí está: não será, o simples acto de escrever com esta abertura e qualidade, um grande momento de solidão?
É caso para pensar.
Não vejo nada de absurdo, na necessidade do silêncio a sós.
E COMO ele nos faz falta!!!
Gostei!
Kiss.
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