O facebook é um lugar estranho... uns andam na máfia de bolso, apanham ossos de peru, trocam e vendem armas e matam uns indivíduos que ninguém nunca viu; a maioria anda a plantar hortaliças e periodicamente encontra gatos, ovelhas negras e frutas mirradas a precisar de fertilizante e há, claro, uns palermas como eu que o usam para anunciar coisas sem interesse nenhum - tais como que vou lançar um livro no dia 19 de Dezembro (sim, é poesia - poesia? que é isso? isso fertiliza?) e esperam que esta malta entre uma apanha da azeitona e dois tiros na lambreta lá apareça (lá é no Ateneu Comercial do Porto) para me dar um hallo e, já agora, comprar o livro (e entre uma regadela da hortaliça e uma troca de maços de notas) ainda consigam ler o livro e tudo!
sábado, novembro 28, 2009
Algumas considerações sobre o Facebook.
O facebook é um lugar estranho... uns andam na máfia de bolso, apanham ossos de peru, trocam e vendem armas e matam uns indivíduos que ninguém nunca viu; a maioria anda a plantar hortaliças e periodicamente encontra gatos, ovelhas negras e frutas mirradas a precisar de fertilizante e há, claro, uns palermas como eu que o usam para anunciar coisas sem interesse nenhum - tais como que vou lançar um livro no dia 19 de Dezembro (sim, é poesia - poesia? que é isso? isso fertiliza?) e esperam que esta malta entre uma apanha da azeitona e dois tiros na lambreta lá apareça (lá é no Ateneu Comercial do Porto) para me dar um hallo e, já agora, comprar o livro (e entre uma regadela da hortaliça e uma troca de maços de notas) ainda consigam ler o livro e tudo!
terça-feira, novembro 24, 2009
Coisas sobre olhos e olhares
Tanta vez parados,
os teus olhos,
embriaguez de alma,
usura,
insolícita virtude
dos que só sabem amar
e adormecer em silêncio.
Tanta vez parados,
os teus olhos,
no movimento que, ausente,
se assenta no remoinhar
calado do ribeiro largo
onde me deixas a afogar
Tanta vez parados,
os teus olhos,
engrossam nuvens
sombreando a luz,
coalhada pelo tempo…
o tempo
que perdemos
…em silêncio
os teus olhos,
embriaguez de alma,
usura,
insolícita virtude
dos que só sabem amar
e adormecer em silêncio.
Tanta vez parados,
os teus olhos,
no movimento que, ausente,
se assenta no remoinhar
calado do ribeiro largo
onde me deixas a afogar
Tanta vez parados,
os teus olhos,
engrossam nuvens
sombreando a luz,
coalhada pelo tempo…
o tempo
que perdemos
…em silêncio
sexta-feira, novembro 20, 2009
Crónica inacabada do indigente que lia Kerouac
A meu lado na FNAC sentou-se um sem-abrigo, facilmente reconhecido pelo seu ar andrajoso e o cheiro sui generis a interromper-me a leitura. Uma longa e mal cuidada barba compunha o visual do meu companheiro de livraria. Sentou-se com um livro de Jack Kerouac que abriu pelo meio procurando a página onde antes, decerto, havia interrompido a leitura. Daria um bom assuntode crónica, pensei e comecei a escrever sobre este assunto. Subitamente estaquei - mas eu não escrevo crónicas! E deixei de escrever sobre isto. Mas não me importaria - pensei.
quarta-feira, novembro 18, 2009
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