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perceber que, enfim,
agora os seus dedos não são já tão pequenos
que te caibam na mão como dantes,
que o que tens a ensinar-lhe
é cada vez menos e a protecção
cada vez mais frágil.
E no entanto os seus olhos
são ainda os mesmos,
a olhar-te como se te lessem,
mesmo que a sua voz mais profunda
os olhos continuam lá,
trazidos do fundo da tua memória,
marcas de água, silêncios partilhados.
E tu?
Guardar-me-ás dentro do peito
como eu te guardei no colo?
Quanto mudou afinal?
Seremos sempre os mesmos?
E o Amor, terá ele as mesmas letras
e a mesma dificuldade em se articular?
1 comentário:
Sublime...
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