Vem ver as garças,
dançando sobre o rio,
vamos ouvir no silêncio o crocitar macio,
o som das asas a adejar,
vem ver as garças, talvez assim nos possamos esquecer…
talvez voar?
vamos ouvir no silêncio o crocitar macio,
o som das asas a adejar,
vem ver as garças, talvez assim nos possamos esquecer…
talvez voar?
“Que pássaros são aqueles?” (Nunca entendi nada dos pássaros).
“Não sei bem, garças, acho eu.” (E eram. Numerosa colónia residente do rio que no fim-de-tarde vem pavonear-se naquele pedaço de espelho rente à Foz).
“Não sei bem, garças, acho eu.” (E eram. Numerosa colónia residente do rio que no fim-de-tarde vem pavonear-se naquele pedaço de espelho rente à Foz).
O que procuramos no fim-de-tarde em que o sol vem beijar ferozmente a linha do rio? Uma fímbria de paz, um deserto da dor? Que fantasmas ousam assaltar-nos no final de tarde beira-rio? Quem se atreve a assombrar a luz macia beira-margem?
Vem…
Vem ver as garças comigo,
talvez nas suas asas o vento se aquiete,
talvez o rumo… a flor do silêncio…
Esta funda dificuldade em perceber o alcance das coisas que se sentem mesmo sem querer… e “o amor é” ainda qualquer coisa de funesto que arde na proa de um barco… “sem se ver”.
2 comentários:
...
Dizem-me que há pássaros presos, sem asas..mas que tudo vêm...
Cê
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