terça-feira, junho 26, 2007
A casa na noite
Esta noite o silêncio sobrevoou a casa.
Foi nos seus passos pequeninos
que encontrei a noite
para que nela me pudesse aconchegar
e adormecer numa esteira de lágrimas.
Este noite recordei-te a textura da pele
e o desamparo do olhar,
num sulco mais fundo
que te atravessa a fronte
depositei-te um beijo imaginário,
um que levasses contigo,
junto ao peito,
como memória minha depois
da minha ausência.
segunda-feira, junho 25, 2007
Veneno
domingo, junho 24, 2007
Em Junho morrem os Poetas
quarta-feira, junho 20, 2007
sexta-feira, junho 15, 2007
Medo
SMS:
-----------------------------Sem Resposta---------------------------------
Há sol na cidade, a baixa fervilha de gente em tons garridos de um quase-Verão que se insinua mas tarda a aparecer. Espero por ti no café de sempre. Há lugar na esplanada (se quiseres arriscar o vento empurrando o ruído e o pó das obras mesmo ao lado). Estou só e tenho medo.
-----------------------------Sem Resposta---------------------------------
Tenho medo de enlouquecer entre a música e o silêncio, entre o gesto e o acto, prisioneira de afectos onde não sei sobreviver sem ir morrendo por dentro.
Tenho medo de parar e me morrer cosida a um tempo de perfídia e ausência.
Tenho medo de parar e me morrer cosida a um tempo de perfídia e ausência.
.
quarta-feira, junho 13, 2007
Canção de Despedida
Devagar…
rasgas o silêncio,
mordes-me por dentro,
abraças-me a dor
Devagar…
fazes-me dormir,
fazes-me sentir,
amparas-me o chão
Devagar…
como uma ilusão,
perdes-me no escuro
e achas-me no muro
que alguém te pintou
Passou tanto tempo,
fez-se tanto vento,
achas que acabou?
Devagar…
é Junho ou Setembro
no abraço lento
de quem tanto amou?
rasgas o silêncio,
mordes-me por dentro,
abraças-me a dor
Devagar…
fazes-me dormir,
fazes-me sentir,
amparas-me o chão
Devagar…
como uma ilusão,
perdes-me no escuro
e achas-me no muro
que alguém te pintou
Passou tanto tempo,
fez-se tanto vento,
achas que acabou?
Devagar…
é Junho ou Setembro
no abraço lento
de quem tanto amou?
terça-feira, junho 05, 2007
segunda-feira, junho 04, 2007
Temporalidades
Temporalidades
Talvez seja este o tempo
de tornar a encontrar a voz
dentro do poema,
de o dobrar, pequeno,
como a uma folha seca
sepultada no interior de um caderno
Talvez seja este o tempo
de tornar as minhas mãos
de volta ao corpo
como se o teu um corpo de vento,
sereno, assobiando, azul
sobre a paisagem.
Talvez seja este o tempo
em que cheguemos a tempo!
de tornar a encontrar a voz
dentro do poema,
de o dobrar, pequeno,
como a uma folha seca
sepultada no interior de um caderno
Talvez seja este o tempo
de tornar as minhas mãos
de volta ao corpo
como se o teu um corpo de vento,
sereno, assobiando, azul
sobre a paisagem.
Talvez seja este o tempo
em que cheguemos a tempo!
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