Depois dos sucessivos PECs que seriam sempre os derradeiros, ao “não governo com o FMI”, “vamos chamar o FMI” até ao “este PEC foi longe demais”, “este PEC não foi suficientemente longe”, ao vamos subir o IVA, se calhar não vamos subir o IVA, enfim, os exemplos são tantos que são inenarráveis. Eis-nos então premiados com último grito na febre louca dos opostos: Fernando Nobre que nas presidenciais vimos vestido de espécie de cavaleiro andante dos pobres e desvalidos, asseverando ser o candidato vindo do além, que é como quem diz, de fora dos partidos, chamando-se “da cidadania” como se todas as restantes candidaturas o não fossem, apelando ao voto dos descontentes com os partido, professando ideias aparentemente de esquerda moderada e que, mais difícil ainda, há cerca de um mês dizia redondamente, de viva voz que não obstante o namoro aparente de vários partidos nunca se uniria a um deles, após pirueta e salto mortal, é agora cabeça de lista pelo neoliberal PSD de Passos Coelho, a troco de um cargo digno da sua vaidade – a presidência da Assembleia da República. Este cargo, habitualmente atribuído a alguém mais velho e com larga experiência na mesma Assembleia, está agora prometido a este virginal candidato que não podendo ser supra partidário se contentará com ser supra-deputados. Imaginação e muita lata parecem ser os predicados para se fazer política neste país, visto desta forma tenhamos esperança, inventivos como somos temos futuro garantido!
segunda-feira, abril 11, 2011
Crónica de Segunda - Os contorcionistas
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1 comentário:
Quero acreditar que a sua [de FN]acção altruísta, internacionalmente reconhecida, imperará, num país como o nosso, em que o egoismo dita as leis da governação, a qualquer preço!...
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