Serás, amanhã, notícia no jornal
e isso que importa,
não estarei lá para ler
de ti a folha morta,
já não te acompanho no silêncio
das portadas,
já de nós não há memória
ao descermos estas escadas
fomos rio impetuoso
que esbarrou sem liberdade,
na barragem construída
entre rugas de saudade,
fomos vento que passou
tão leve e ledo,
que o amanhã tornou-se um ontem
feito medo.
Fomos alma, fomos cor,
ou coisa breve,
e fomos morrendo os dois
cheios de neve
nos meandros da memória
que nos serve esta liquefeita
angústia que se bebe
sexta-feira, março 26, 2010
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1 comentário:
Sublime, foda-se!
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