Divagações
I
Sonho com um luar
onde houvesse ainda anjos displicentes
que se deixassem afogar
em velhas mágoas.
Sonho um sol
de fúrias quentes,
onde o empréstimo dos dias
se soltasse na loucura...
II
Chove.
Nem posso acreditar
como chove a minha cidade,
chove em mim
e chove sobre todos...
nem posso acreditar
o quanto chove esta cidade...
Se ao menos chovesse anjos,
ou estrelas,
ou almas...
Mas nada.
Nada mais que a fria chuva
que me molha
e que molha a minha cidade
em que chove, chove, chove.
Nem posso acreditar
o quanto a minha cidade chove...
III
Hoje dei por mim
a escrever desesperadamente.
A escrever sobre os carros e as pessoas,
sobre as ruas,
sobre as cores,
até sobre ti -
que foste apenas
mais um café
tomado entre a pressa dos sabores.
I
Sonho com um luar
onde houvesse ainda anjos displicentes
que se deixassem afogar
em velhas mágoas.
Sonho um sol
de fúrias quentes,
onde o empréstimo dos dias
se soltasse na loucura...
II
Chove.
Nem posso acreditar
como chove a minha cidade,
chove em mim
e chove sobre todos...
nem posso acreditar
o quanto chove esta cidade...
Se ao menos chovesse anjos,
ou estrelas,
ou almas...
Mas nada.
Nada mais que a fria chuva
que me molha
e que molha a minha cidade
em que chove, chove, chove.
Nem posso acreditar
o quanto a minha cidade chove...
III
Hoje dei por mim
a escrever desesperadamente.
A escrever sobre os carros e as pessoas,
sobre as ruas,
sobre as cores,
até sobre ti -
que foste apenas
mais um café
tomado entre a pressa dos sabores.
In "Sombras de Noite"
3 comentários:
Este arrepiou ...
Muito lindo!
Estes escreveres desesperadamente...
Gostei do blog!
Enviar um comentário