A vida é pouco mais que uma sequência de absurdos. Acatamos o que temos sem questionar grande coisa e pensamos com isso alcançar a felicidade. Por sua vez a felicidade que ambicionamos é nada mais do que uma ilusão de paz que nos entretém e nos evita o questionar a vida que levamos, entediante, feita de um dia atrás do outro em infernais rotinas de prazer e abjecção caminhando tão juntas que não são já distinguíveis, tudo miscigenado, todas as dores, toda a espécie de infelicidade mascarada por prazeres de efemeridades, todo o pequeno desprazer imediatamente compensado com o fogo de artifício que cada um sabe encontrar de forma a não ter de se enfrentar, de olhar para dentro. Tudo serve de divertimento e enfeite para a dor, tudo serve para a não-introspecção e subsequente não inscrição dos nossos processos interiores, o que importa é o exterior, o que sevê, o que os outros vêm. Para quê ser infeliz se há tanta felicidade à espreita à nossa volta – ainda que esta possa ser de plástico, isso que interessa?
Sobre isto me deitei a pensar no dia 4 de férias.
Vilamoura é um lugar excessivamente barulhento para continuar esta meditação. Máscara perfeita de sol, mar, marina, hotel de muitas estrelas a compensar aqueloutra falta de luz que me persegue – “who cares”? quando há saúde, sol, jacuzzi, música a estourar até às tantas – haja saúde de dinheiro prós gastos! Interessa inscrever apenas o que fica na fotografia.
Ainda assim trago em mim uma memória de outro tempo, cheio de estrelas que iluminavam o silêncio, as rãs coachando no pequeno lago entre os nenúfares floridos e os grilos e os bezouros adormeciam a noite.
Sobre isto me deitei a pensar no dia 4 de férias.
Vilamoura é um lugar excessivamente barulhento para continuar esta meditação. Máscara perfeita de sol, mar, marina, hotel de muitas estrelas a compensar aqueloutra falta de luz que me persegue – “who cares”? quando há saúde, sol, jacuzzi, música a estourar até às tantas – haja saúde de dinheiro prós gastos! Interessa inscrever apenas o que fica na fotografia.
Ainda assim trago em mim uma memória de outro tempo, cheio de estrelas que iluminavam o silêncio, as rãs coachando no pequeno lago entre os nenúfares floridos e os grilos e os bezouros adormeciam a noite.
1 comentário:
vila moura?holly shit, tou em albufeira ROTFL...
esta merda é o paraiso dos camones!ate me sinto uma intrusa neste antro
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