Às vezes sentia-te a falta,
numa página
ou num poema,
ficavas como um silêncio
ou um espaço em branco,
uma sílaba faltosa,
a palavra inacabada. Às vezes eu erguia o aparo,
a caneta,
apontava-te o bico e tu…
nada,
nem uma letra
para acalmar-me a angústia
da tua ausência.
Às vezes pensava bater-te
à máquina,
ligar o computador
e substitui-te em gerúndio
a palavra do amor…
fazendo…