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como uma rua de sombras,
rodando o corpo no chão,
perdendo o avesso da pele
em ilusões de infinitos,
perfumes de memória
trocados pelos dedos.
Segura-me em ti antes
que eu te morra,
ampara-me nos braços
contra a atracção do abismo.
"Abriu uma mão, depois outra, estavam ainda vazias, a pescaria rendeu pouco afinal, anos a fio de mão vazias segurando o nada pelas pontas."