Vamos, então, amanhã,
despir novamente o corpo
entraremos de bruços pela ternura
fingindo meter o silêncio dentro da boca.
Vamos dobrá-lo sozinho com a língua
e partir, depois,
para onde um Verão inventado
nos transforme
"Abriu uma mão, depois outra, estavam ainda vazias, a pescaria rendeu pouco afinal, anos a fio de mão vazias segurando o nada pelas pontas."