sábado, novembro 15, 2008

A uma cápsula anti-pirética


No seu blog - Estado Civil - no post de 13 deste mês, Pedro Mexia incitava à escrita de um elogio à cápsula. Fiz-lhe a vontade.



Nas minhas mãos ardendo
o teu corpo inteiro,
lânguido
límpido,
lúcido,
gelatinoso.
Tomo-te na língua,
a oferecer-te esta humidade que te embala,
até te deixares tragar pelo mais fundo de mim.

Agora que te abraço nas entranhas
hás-de fazer fugir-me a febre que me assalta –
esta aguda pirexia que
tão sofregamente te deseja.

2 comentários:

Anónimo disse...

Poema Sublime...

Anónimo disse...

Palavras febris estas...
.
.
.
terá a cápsula surtido efeito?